quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O Atlético como esperança



Bruno Cantini/Site Oficial 

O título conquistado em 1971 anda presente na memória até dos torcedores que nem eram projetos de vida à época. O distante primeiro e único título brasileiro do Atlético MG, após longos 41 anos, tem tudo para ganhar uma companhia de mesmo quilate. O time de Cuca não se contenta em vencer, consegue convencer e encantar àqueles já exaustos da tal praga pragmática que assola há tempos o futebol nacional.

Veja só, com rosto de menino e sonhos de aventura, o garoto Bernard candidata-se, cada vez mais, a ser o que dele se esperava. Já Ronaldinho Gaúcho, que deixou de ser solução para tornar-se alternativa, não só é útil como ainda alcança lampejos do jogador de outrora. 

Renegados em outras equipes, Jô e Pierre são efetivos. No banco, um técnico que carrega nas veias a ofensividade e que parece ter atingido o equilíbrio emocional que faltara em anos anteriores. Nas arquibancadas, uma massa pronta para explodir como nunca por um título aguardado há tantos verões.

Símbolos de um Atlético que jamais chegou tão forte desde que o principal campeonato do país passou ser disputado pelo sistema de pontos corridos. E que parece ter extirpado, de vez, o fantasma de cavalo paraguaio passadas 24 rodadas da competição.

Enfim, um time que teve Telê Santana como técnico na sua grande conquista e que se aproveita do legado deixado pelo mestre para tentar provar, de novo, que futebol ofensivo e título podem conviver em plena harmonia. 

Renasce a esperança.

Agora, em São Paulo





No dia 2 de Outubro, uma terça-feira, a Editora Multifico promove o lançamento da obra "Perder é do Jogo - As Maiores Tragédias de Flamengo e Fluminense", dos autores Alisson Matos e Danilo Quintal, em São Paulo.

O evento, que começa às 20h, acontecerá na Mercearia São Pedro, localizada na Rua Rodésia, 34, Pinheiros/ Vila Madalena. Próximo à estação de metrô.

Evento semelhante foi realizado no Rio de Janeiro no último mês. Abaixo, a repercussão do lançamento por lá.


Matéria da Fox Sports:



Sinta-se convidado.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Noite de uma estrela só


Foto: Paulo Fonseca / Futura Press


A noite azul de Belo Horizonte parecia desenhada em homenagem ao Cruzeiro que desfilava o seu futebol, ao estilo Celso Roth até a medula, no feérico Independência com público menor do que habitual. E o espetáculo ficou ainda mais empolgante quando Tinga, ao 19 minutos, fez o primeiro e candidatou-se logo a corpo celeste que mais brilharia na ocasião.

 Mas se há um time que entenda de astros é o Botafogo, adversário da rodada, que com sua estrela solitária encarnada no holandês Seedorf só não empatou como, logo em seguida, virou a partida para desespero do escrete da casa e alegria alvinegra.

 Em campo, eram os onze valentes das Minas Gerais contra um homem, um craque, um mito, que só não fez chover para manter a felicidade geral dos legionários cariocas que não mereciam ver o brilho do camisa 10 ofuscado.

 O jogo era pegado, aguerrido, medíocre e genial. Dessas contradições que só o futebol é capaz de explicar, pois, se de um lado, o excesso de cautela mantinha o diapasão, do outro, o talento em demasia trazia à tona reminiscências de um futebol quase extinto.

 A partida já tinha dono e o destino tratou de fazer a sua parte quando em um contra-ataque, já na segunda etapa, a bola encontrou os pés do gringo que, iluminado como nunca e inteligente como sempre, achou o companheiro Jadson para dar números finais ao duelo.

 Placar justo e inquestionável na disputa em que o símbolo de um clube nunca fez tanto sentido.